17 de julho de 2004

TOMADA DE POSE
 
A composição do novo governo foi a esperada: dois homens fortes que transitam e contemplam  a continuidade da coisa estável; um que vem de arrasto porque qualquer um que lá caia será como um pena que voa entre interesses farmacêuticos, corporações médicas e necessidades tão grandes que nunca serão alimentadas a contento; e o grupo dos amigalhaços. Nada de novo nisto, basta olhar para governos anteriores para ver que sempre foi assim.
Da mesma maneira que a concepção que os primeiro-ministros têm das mulheres. Neste, apenas 3, entre 12. A ocuparem as pastas que um Portugal machista aprova: a escola e a cultura. No primeiro caso, porque é destino da mulher (além do maravilhoso dever da maternidade, como diria o actual ministro das Finanças...) educar as crianças. A outra parte cumpre o lado decorativo. Não há coisa mais bela e inútil do que a Cultura, nesta visão. Logo, nada melhor do que uma mulher para a ocupar.
Pergunto a mim próprio como é que os milhões de mulheres portuguesas não tomam consciência disto e vão para as ruas pedir a chegada do século XXI...?
 
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